A Eurofarma acaba de levantar R$ 500 milhões com a emissão de uma debênture — em mais um movimento da gigante farmacêutica para montar um colchão de liquidez para M&As transformacionais.

A dívida tem prazo de seis anos, com as amortizações começando no quarto ano. A taxa foi de CDI + 2,3% e a subscrição foi feita pelo Santander Brasil, que pode distribuir os títulos ou mantê-las no próprio book.

O CFO Alexandre Palhares disse ao Brazil Journal que a taxa foi um pouco mais alta porque a emissão permite que a Eurofarma pré-pague a operação a qualquer momento na curva, sem ter que pagar prêmio por isso.

“Isso faz sentido dentro da nossa estratégia. Estamos levando a estrutura de capital da companhia para um nível mais estressado agora, para ter liquidez para fazer M&As maiores, transformacionais,” disse o CFO. “Mas depois pretendemos fazer uma operação de equity que traga a alavancagem de volta para baixo.”

Com mais M&As à vista Eurofarma levanta R$ 500 mi com o Santander

Fundada há mais de 50 anos, a Eurofarma sempre teve uma estratégia ativa em M&As, crescendo em larga medida com aquisições bancadas pela geração de caixa própria. Mas agora, a companhia ficou muito grande — com uma receita que deve bater R$ 10 bi este ano — o que exige M&As cada vez maiores para mover o ponteiro.

No fim do ano passado, a Eurofarma comprou as pastilhas Valda e outros ativos do laboratório Canonne por R$ 725 milhões. Este ano, fechou a compra das operações da Sanofi na Colômbia, Peru e Equador por mais US$ 300 mi.

Segundo Palhares, o pipeline continua aquecido e o foco da companhia é crescer no exterior, rompendo a fronteira da América Latina e entrando mais em mercados desenvolvidos… leia mais em Brazil Journal 29/05/2023