O aumento da onda de fusões e aquisições de plataformas de investimentos digitais independentes expõe os desafios que o setor enfrenta, e esse movimento deve levar a uma maior concentração no mercado de investimentos brasileiro, de acordo com a Fitch Ratings.

Em relatório, a agência de classificação de risco aponta que os bancos maiores foram pressionados a fortalecer as suas linhas de produtos, enquanto novatas de tecnologia financeira bem estabelecidas, a fim de defender sua participação de mercado, viram uma oportunidade para ser compradores ativos de concorrentes.

Nos últimos três anos, o mercado brasileiro viu fusões e aquisições relevantes, como a da Easynvest pelo Nubank; da Toro pelo Santander; Necton e Órama pelo BTG; com o lance mais recente sendo a compra da Guide pelo Safra anunciada nesta semana.

Fitch prevê maior concentração no mercado de investimentos do Brasil
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Embora, até o momento, não se espere que as aquisições alterem o perfil geral de negócios dos compradores, a Fitch considera que o setor de investimentos brasileiro tende a se concentrar em poucos participantes, a exemplo do que se viu nos anos 2000 e um pouco além de 2010.

A Fitch considera que esses competidores devem aumentar as oportunidades de venda cruzada de serviços – principalmente seguros e crédito –, mas também de gestão de recursos, consultoria, banco de investimento e outros produtos relativamente sofisticados, uma vez que podem tirar partido da escala e monetização de novos clientes.

“Por outro lado, para plataformas digitais de menor porte e ainda não consolidadas, os desafios deverão se manter e, potencialmente, se agravar ao longo de 2024, embora possam ser parcialmente mitigados pelas melhorias graduais no ambiente operacional doméstico.”… leia mais em Valor Econômico 08/02/2024