Pesquisa inédita mostra que volume de negociações quintuplicou na última década, envolvendo companhias como CSN e SulAmérica

A quantidade de empresas que optaram por contratar um mediador profissional para tentar resolver conflitos por meio de acordo quintuplicou na última década. Essa prática tem sido utilizada antes da instauração de processos judiciais e arbitrais e também durante as disputas.

Na lista de adeptos estão, por exemplo, a família Odebrecht e as empresas CSN, SulAmérica e IRB Brasil, além de uma série de companhias em recuperação judicial.

Mediação cresce no país e passa a ser adotada por grandes empresas
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A evolução do uso da mediação como tratamento para conflitos empresariais é retratada em uma pesquisa elaborada pelas advogadas Vera Barros e Daniela Gabbay. O estudo, chamado de “Mediação em Números”, é inédito no mercado.

Apresenta um recorte do que aconteceu nas sete principais câmaras de arbitragem e mediação do país entre 2012 e o primeiro semestre de 2022.

No ano de 2012, para se ter ideia, o volume envolvido nos casos tratados por meio de mediação não chegava a R$ 240 milhões. Eram 21 ao todo, registrados somente em dois locais: ICC e Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CAM-CCBC).

Já em 2020, ano de início da pandemia do coronavírus, a soma de valores ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão e a mediação foi praticada em seis câmaras leia mais em Valor Econômico 17/05/2023