O presidente da Ultrapar, Marcos Lutz, disse nesta quinta (9/11) que a empresa está preparada para aproveitar oportunidades de aquisições, mas sem “a mesma ansiedade” que a do mercado por novidades da companhia nesse sentido.

O grupo – que controla a Ipiranga, Ultragaz e a Ultracargo – tem a intenção de aumentar a exposição de seus negócios ao PIB do agronegócio e à transição energética.

Segundo Lutz, a Ultrapar fechou o terceiro trimestre com uma alavancagem confortável: a relação entre a dívida líquida e o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) está abaixo de 1,5 vez.

“Temos que estar preparados para oportunidades e nosso balanço está, hoje, mais preparado. Mas, tendo isso em vista, nossos principais orientadores são o retorno e risco do investimento”, disse Luz, durante teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados do terceiro trimestre.

De olho em oportunidades em transição energética

Este ano, a Ultragaz – distribuidora de gás liquefeito de petróleo (GLP) – deu um passo na direção da transição energética, ao comprar a NEOgás, transportadora de gás natural comprimido (GNC), por R$ 165 milhões.

A aquisição marca a entrada da Ultragaz no segmento, de olho em oportunidades de distribuição do biometano.

Antes, em 2022, a empresa já tinha comprado a Stella Energia, uma startup que oferece uma plataforma para conexão de geradores de energia solar a residências e pequenos negócios – uma espécie de serviço de assinatura de energia.

Ultrapar está aberta a novos modelos

Segundo Lutz, a Ultrapar está aberta a entrar em novos negócios sem necessariamente deter o controle dos ativos (como faz na Ipiranga e Ultragaz), desde que a companhia tenha poder de influência na gestão dos ativos.

“Quanto ao formato, temos menos paradigmas, hoje, mas não temos vontade de fazer qualquer investimento onde não tenhamos influência relevante na direção do negócio. Isso agrega valor na estratégia, na cultura, modelo de negócio e não queremos fazer nada que esse valor não seja aproveitado. Não precisamos comprar 100% do negócio, não precisamos ser controladores num primeiro momento, mas temos que ter uma rota muito clara para ter influência uma muito grande [no ativo]. Comprar participação minoritária de um negócio com controlador não faremos”, comentou… leia mais em epbr 09/11/2023