Um grupo de produtores do Brasil será dono de uma empresa de agroquímicos. Na manhã desta segunda-feira (29/4), a Coopercitrus anuncia uma joint venture com Agroallianz, marca do grupo alemão DVA, que voltou a operar no Brasil neste mês. O anúncio será feito durante a Agrishow 2024, feira que ocorre de 29 de abril a 3 de maio em Ribeirão Preto (SP).

Pelo acordo, a Coopercitrus fica com 15% da Agroallianz a e responsável por comercializar o portfólio de soluções químicas e organominerais nas áreas de atuação: São Paulo, Minas Gerais, Goiás e parte de Mato Grosso. O valor da compra não foi divulgado.

“O grupo DVA atua em 50 países e é a primeira vez que temos produtores como sócios”, disse à reportagem Joao Aleixo, diretor global da DVA no Brasil.

No início deste mês, o grupo alemão voltou ao mercado de agroquímicos no Brasil após nove anos impossibilitado por contrato. Em 2011, a DVA vendeu 51% da sua empresa para a indiana UPL e, depois, em 2015, o restante da sua participação no país.

Em 2021, voltou a atuar com soluções de especialidades, tecnologias para fertilizantes e adjuvantes, com foco em bioestimulantes fabricados na Espanha e recentemente anunciou uma fábrica no Brasil, em Indaiatuba (SP). Somente agora, pode voltar aos químicos.

A estimativa da Agroallinanz no mercado brasileiro de defensivos é atingir 44 produtos até 2028 (a companhia já chega com 22 produtos, entre fungicidas, inseticidas e herbicidas) e, em cinco anos, pretende faturar US$ 100 milhões. Em 2023, o grupo DVA faturou US$ 8 milhões no país com o segmento de especialidades.

O grupo DVA tem 800 registros de defensivos no mundo e 38 aprovados no Brasil. “Aqui, nesta retomada, temos ciência de que é um ano atípico, ainda mais difícil. Entretanto, enxergamos o Brasil como uma das maiores potências para nossas soluções e objetivos. A ideia é que, de 8% hoje, o mercado brasileiro passe a representar metade do faturamento anual da DVA toda”, disse Fernando Fernandes, diretor geral da Agroallianz.

Coopercitrus

Do lado da Coopercitrus, a intenção é encurtar a cadeia para seus 42 mil associados e ampliar o faturamento da maior área de atuação da cooperativa. Em 2023, a Coopercitrus faturou R$ 8,2 bilhões e metade foi proveniente do comércio de insumos.

“Estamos em busca de negócios que tenham sinergias com as áreas em que atuamos para continuar a crescer de forma orgânica”, disse Fernando Degobbi, CEO da cooperativa.. leia mais em GloboRural 26/04/2024