Destaques do dia 27/12/2022: Bancos de investimento & se “viram nos 30”; REAG compra & Finvest e Condocash; SPACs & onda de liquidações; publicados no Portal de Fusões & Aquisições.

Fusões & Aquisições Principais destaques do dia 27/12/2022INSIGHT DO DIA: Humores & Rumores

Bancos de investimento se ‘viram nos 30′ para compensar seca de IPOs – Os bancos de investimento foram bastante afetados pela queda drástica nas aberturas de capital no Brasil e no mundo este ano. Para 2023, a expectativa é de que o ano também será de cautela na renda variável. Para contornar a queda em suas receitas, lá fora, os bancos tiveram de cortar bônus dos executivos e demitir. Por aqui, grandes fusões e aquisições (M&A, em inglês) e as emissões de renda fixa ajudaram deixar o ano menos pior em algumas casas, mas as receitas ainda devem terminar em queda. Bancos como o JPMorgan e o Citi também conseguiram melhorar os ganhos de suas operações com a oferta de produtos mais criativos aos clientes. Um exemplo é a engenharia financeira usada pela Cosan, com derivativos e ações, para comprar uma fatia da Vale avaliada em R$ 22 bilhões. Entram na categoria “fora da casinha” proteção (hedge) de recursos, operações grandes de câmbio e ainda a chance de atrair o dinheiro de famílias que vendem negócios no private do banco. Mesmo que o ano não tenha sido um dos melhores em M&A no Brasil, grandes negócios aconteceram. Além de Cosan e Vale, estão a fusão da SulAmérica com a Rede d’Or; a compra de uma participação da Tigre pelo fundo americano Advent; a aquisição da catarinense Gelnex pela americana Darling Ingredients, em uma operação de R$ 6,5 bilhões; e a venda do datar center Odata pelo Pátria para a Aligned, por um valor estimado em R$ 10 bilhões. Já no segmento de ações, a maior operação do ano foi a da Eletrobras, que contou com um sindicato de 12 bancos. Mas, como relata um banqueiro, a receita com negócios de estatais são mirradas. A falta de IPOs no Brasil e nos EUA pesou bastante em bancos como Goldman Sachs e Morgan Stanley, que são muito fortes nestes negócios. Por isso, tiveram de fazer ajustes.

“DEAL” DO DIA

No Brasil

Reag faz 2 aquisições e amplia atuação em administração de FIDC e originação de crédito – A Reag Investimentos, grupo financeiro independente que desenvolve soluções para grupos familiares e empresariais, anunciou a aquisição da Finvest DTVM, do segmento de administração de fundos de crédito, e da Condocash, fintech especializada em crédito para condomínios. “Fizemos este ano várias aquisições estratégicas em diferentes áreas e vamos continuar nessa trilha nos próximos anos”, diz João Carlos Mansur, CEO da Rega. Em 2022, a casa anunciou compras envolvendo Rapier, Taormina, Stadium Go e CredBrasil. A Reag assinou carta de intenções para a aquisição da Finvest DTVM, casa de administração fiduciária focada no segmento de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs). A transação aumentará em R$ 13 bilhões os ativos sob administração. O acordo com a Condocash, uma das primeiras fintechs especializadas em créditos para condomínios, prevê a aquisição de até 40% do capital da empresa.

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No Exterior

SPACs enfrentam uma onda de liquidações – Poucas ondas foram tão intensas quanto a dos SPACs (special purpose acquisition company), veículos conhecidos como “empresas de cheques em branco” pois captavam recursos com investidores para se fundir com uma companhia privada e abrir o seu capital. Em 2020, os SPACs levantaram US$ 83,5 bilhões em 248 veículos. No ano passado, a soma de recursos captados quase dobrou, atingindo US$ 162,5 bilhões, em 613 negócios, de acordo com dados da SPAC Research, consultoria que acompanha esse mercado. Ao longo de 2022, os negócios com SPACs já tinham minguado, na esteira do aumento das taxas de juros e da queda de valor das empresas de tecnologia nas bolsas de valores. Agora, as “companhias de cheque em branco” enfrentam um novo cenário dramático: a liquidação desses veículos. De acordo com dados do SPAC Research, cerca de 70 “empresas de cheques em branco” foram liquidadas e devolveram dinheiro aos investidores desde o início de dezembro. Trata-se de uma taxa de cerca de quatro liquidações por dia neste mês, quase o mesmo ritmo em que estavam sendo lançados quando o setor atingiu o pico no início do ano passado. Isso é mais do que o número total de liquidações de SPACs na história do mercado. Os criadores dessas “companhias de cheque em branco” perderam mais de US$ 600 milhões em liquidações este mês e mais de US$ 1,1 bilhão este ano, mostram os dados da SPAC Research.

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