O Goldman Sachs recuperou sua coroa como principal consultor de fusões e aquisições do mundo — ou a manteve, dependendo do enquadramento de referência.

O banco terminou 2023 no topo da tabela de classificação pelo sétimo ano consecutivo, apesar de estar atrás do JPMorgan Chase no meio do ano, de acordo com dados da Bloomberg.

Goldman prestou consultoria em 235 negócios em 2023 no valor de mais de US$ 671 bilhões – incluindo as duas maiores aquisições do ano: a aquisição da Pioneer Natural Resources pela ExxonMobil por US$ 68 bilhões e o acordo de US$ 59 bilhões da Chevron para a Hess. Isso foi suficiente para uma participação de 31,2% no mercado de consultoria em fusões e aquisições.

“O negócio de recursos naturais, sob todos os aspectos, nos últimos cinco anos, estava fora de moda”, disse Stephan Feldgoise, um dos dois codiretores de fusões e aquisições do Goldman Sachs, à Bloomberg. “Investimos pesadamente em energia alternativa e na transição energética em toda a empresa, mas mantivemos nossa franquia.”

Em comparação, o JPMorgan encerrou o ano assessorando cerca de US$ 593 bilhões, ou 27,4% – um pouco à frente dos 27,2% do terceiro colocado Morgan Stanley. Nenhuma outra empresa contava com mais de 20% de participação em 2023, segundo dados da Bloomberg. Bank of America e Citi completaram os cinco primeiros.

O JPMorgan liderava o grupo no final de junho, com US$ 284 bilhões, em comparação com os US$ 237,1 bilhões do Goldman. Os volumes de negócios, no entanto, aumentaram no quarto trimestre – para mais de US$ 160 bilhões além do período de três meses anterior.

Uma tendência que se manteve desde o primeiro semestre de 2023 é a ascensão dos bancos de investimento boutique. Centerview Partners terminou o ano em sexto lugar – um salto em relação ao 16º lugar do ano anterior. A empresa aconselhou a adquirida Seagen na aquisição da farmacêutica pela gigante farmacêutica Pfizer, o negócio mais lucrativo dos primeiros seis meses do ano passado.

Evercore saltou sete posições, passando do 14º para o sétimo lugar. O Barclays e o UBS ficaram em oitavo e nono lugar, respectivamente. E o Royal Bank of Canada saltou sete posições para ficar em 10º.

No ano passado, houve US$ 2,16 trilhões em transações pendentes e concluídas, informou a Bloomberg na sexta-feira. Isso representa uma queda em relação aos US$ 3,8 trilhões em 2021.

O setor de fusões e aquisições relatou uma desaceleração de 42% no volume de negócios no início de 2023, levando a cortes em várias empresas. Agora, pelo menos um dos bancos que caiu na classificação de final de ano está a duplicar o número de funcionários. O Barclays fez mais de 20 contratações seniores em seu setor industrial e equipes de fusões e aquisições, disseram os codiretores globais de fusões e aquisições, Ihsan Essaid e Gary Posternack, à Bloomberg em um comunicado enviado por e-mail.

“Em 2024, ao mesmo tempo que continuamos a ajudar os nossos clientes empresariais a navegar num cenário estratégico e econômico em evolução, esperamos ser muito mais ativos com os patrocinadores financeiros à medida que aumentam o fluxo de transações”, afirmaram os executivos... leia mais em Bankingdive 02/01/2024