Ser ESG virou questão de ordem para empresas e investidores nos últimos anos. Em meio à crescente demanda da sociedade para que questões ambientais, sociais e de governança constem nas decisões de investimentos, muitas empresas e gestoras começaram a anunciar produtos e iniciativas que, segundo eles, obedecem esses três preceitos.

Enquanto alguns serviços e produtos financeiros de fato cumprem com os itens que compõem o acrônimo, outros adotam apenas o discurso, mas, na prática, nada fazem. É o que se convencionou chamar de greenwashing, conceito que pode ser resumido como pintar de ESG produtos e serviços que, na verdade, não atendem a esses requisitos.

Identificar quem de fato cumpre os preceitos ESG e aqueles que estão enganando investidores e consumidores virou um problema e a Securities and Exchange Commission (SEC), quer endereçar isso no mercado de capitais.

Xerife do mercado americano, a SEC está preparando uma série de regras para estruturar e padronizar como os fundos de investimentos que tenham termos como ESG, sustentável e baixo carbono em seus nomes realizam e divulgam suas iniciativas. As informações são do jornal britânico Financial Times, que ouviu pessoas familiarizadas com a iniciativa.

SEC prepara regras para combater “greenwashing”

A ideia da autarquia é exigir que as gestoras informem como o ESG é incorporado nas decisões de investimentos e como os fundos votam nas assembleias ordinárias das empresas em que possuem participação.

A demanda por fundos que obedeçam os preceitos ESG cresceu fortemente nos últimos anos. O mercado global de fundos ligados a questões de sustentabilidade somou US$ 2,8 trilhões no primeiro trimestre de 2022, segundo dados da Morningstar, acima do US$ 1 trilhão apurado em 2019. De acordo com a consultoria, levando-se em conta apenas os Estados Unidos, 65 fundos foram reembalados como ESG.

No Brasil, existem em torno de 45 fundos de ações que se enquadram na categoria sustentabilidade e governança, com patrimônio ….. leia mais em NeoFeed 24/05/2022